Solomon Kane
Posted: quarta-feira, 12 de maio de 2010 by Victor Carvalho in Mesas: Ação, Aventura, Fantasia, FilmesSabe aquele sentimento de quando você acaba de ver o filme, sabe que ele não é exatamente bom, mas ainda assim você gosta dele? Você está vendo o filme e nos 20min iniciais já sabe que o vilão é o filho perdido do protagonista (relaxem, não é o caso desse filme...). Depois vem aquela cena em que ele vai enfrentar 50 caras com um pedaço de galho na mão... e você sabe que, de alguma forma muito insana, ele vai vencer, colocar a capa como se tivesse acabado de matar uma barata, limpar um pouco de sangue que ficou na roupa (que obviamente não é o dele, ele não sangra) e sair dando as costas em câmera lenta no melhor estilo "cool guys don't look at explosions" ("Caras legais não olham para as explosões"). Mas ainda assim você pensa "foda-se" e curte o filme. Bem, "Solomon Kane" é exatamente assim. Tem tudo o que se esperar um filme de fantasia: demônios, feiticeiros, bruxas, lugares misteriosos, gollums (!!!) e um cara com espadas para meter a porrada em todo mundo.
O protagonista é uma espécie de cowboy puritano da Era Moderna, com direito a atirar com duas pistolas em direções diferentes e tudo. O personagem foi criado em 1928 por Robert E. Howard (sim, o mesmo criador de Conan, o Bárbaro) e é protagonista de diversas novelinhas pulp (as famosas pulp fictions, daí vem o nome do filme de Tarantino). Ele já teve uma série em quadrinhos da "Dark Horse Comics". A mitologia de Solomon Kane já estava rodando por aí há um bom tempo, portanto, nada mais natural do que ela virar uma adaptação de hollywood. A história do filme conta uma espécie de origem dele (parece que o plano é... adivinhe... lançar uma trilogia...). Inicialmente, Solomon é um mercenário da Rainha Elizabeth I, que encontra um demônio de nome óbvio ("Devil's Reaper"). Tal demônio quer tomar a alma de Kane e condená-la ao inferno. O cowboy então pendura suas armas em busca de redenção em um monastério até ser expulso de lá e encontrar uma família puritana que o acolhe. Essa família é atacada pelo misterioso e mascarado (...) capanga de um feiticeiro. Então, nosso herói resolve abdicar de sua filosofia "gandhiana" e quebrar o pau. Simples assim. Mas só para não dizer que o filme é totalmente acéfalo, tem uma citação de "Fausto" de "Goethe".
O filme ganhou o prêmio de escolha da audiência no Fantasporto, mas a crítica tem recebido ele de uma forma inconstante. Alguns dizem ser ruim, outros dizem ser bom. O fato é que ele tem todos os elementos legais de se ver em um filme de fantasia. Sinceramente, eu achei bem divertido. Mas, com certeza, o filme iria ficar bem melhor com uma cerveja gelada ao lado.
Para quem gosta de ver demônios e monstros sendo espancados na tela, realmente vale a pena assistir. Mas para aquela galera que se irrita com clichês e soluções fáceis é bom passar longe. Eu só achei que o filme aproveitou muito pouco do potencial que a premissa poderia dar. Poderia ser melhor desenvolvido. O filme lembra bastante também o atual "Sherlock Holmes", tanto no estilo do personagem principal quanto no da narrativa.
Para quem gosta de ver demônios e monstros sendo espancados na tela, realmente vale a pena assistir. Mas para aquela galera que se irrita com clichês e soluções fáceis é bom passar longe. Eu só achei que o filme aproveitou muito pouco do potencial que a premissa poderia dar. Poderia ser melhor desenvolvido. O filme lembra bastante também o atual "Sherlock Holmes", tanto no estilo do personagem principal quanto no da narrativa.
Van Helsing 2? hehehe