The Time Traveler's Wife (Te Amarei Para Sempre)

Posted: quarta-feira, 2 de junho de 2010 by Victor Carvalho in Mesas: ,
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Eu não consigo deixar de me impressionar com a capacidade das produtoras brasileiras de criar traduções toscas e sem sentido dos títulos dos filmes. Se eles apenas tivessem traduzido, ficaria bem melhor. "A Mulher do Viajante do Tempo". Um filme com esse nome instiga muito mais minha curiosidade do que "Te Amarei Para Sempre". Não, sério, se eu visse na locadora ou no cinema esse nome, não teria tido o menor interesse em vê-lo. Pensaria logo: "Mais uma história chata para mulherzinhas". O filme é baseado no livro best-seller (já com mais de 2 milhões de cópias) de  Audrey Niffenegger e é muito bem conduzido pelo desconhecido diretor Robert Schwentke. Mas há uns nomes famosos na produção hollywoodiana: Eric Bana (de "Hulk", "Tróia", "Star Trek" e "The Tudors") e Rachel McAdams (de "O Diário de Uma Paixão" e "Sherlock Holmes"). Mas há um nome que é provável que você não conheça até eu dizer qual foi o filme em que ele fez o roteiro: Bruce Joel Rubin. Ele foi o roteirista de "Stuart Little 2"! Brincadeira... não... bem, é sério. Mas não é esse o fato que pode fazer você querer assistir ao filme. Ele também foi o roteirista do grande clássico "Ghost - Amor Além da Vida" (qual o problema com as traduções dos títulos das produções desse cara?). E, de fato, o filme, em vários momentos lembra Ghost. Eu tenho um certo problema de diabetes com histórias: quanto mais açucarada, menos eu tenho saco para ver. E é por isso que eu não aguento ver novelas brasileiras; odeio casamentos no final... Mas apesar do excesso de aspartame em algumas cenas (principalmente no fim), a trama é interessante o bastante para deixarmos isso de lado.

Henry (Eric Bana, na maior parte do filme) é um mutante! Ele poderia muito bem ser um X-Men. O rapaz possui uma mutação genética que o faz viajar no tempo. E não, ele não consegue controlar suas viagens. Clare (Rachel McAdams) é a garota que se apaixona pelo nosso candidato a aluno do Professor Xavier. De fato, eu concordo que a premissa parece ser um lixo. Mas assim como conseguem pegar uma premissa genial e fazer um filme péssimo (ouvi alguém dizer "Matadores de Vampiras Lésbicas"?), também há quem consiga pegar uma premissa fraca e conduzir a história de uma forma impressionante. Quem assiste LOST vai estar mais acostumado com o conceito de viagem no tempo em que é mostrado durante o filme. O que ocorre é que a linha do tempo de Henry é diferente da do resto do mundo. É como se houvessem duas linhas de tempo paralelas. Em relação à linha de tempo normal, é como se a dele ficasse indo e voltando (hoje podemos ver um Henry com 10 anos de idade e amanhã um com 40). Contudo, para ele é como se a nossa fosse entrecortada enquanto a dele é linear (para o Henry de 10 anos, realmente se passaram 30 anos - nos quais ele estava em outros lugares do nosso tempo - no caso do exemplo anterior). E o melhor do filme é que ele não segue nenhuma das duas linearidades (de Henry ou a nossa). Ora ele segue a linearidade de um, ora do outro.

É muito interessante ver como se desenrolam todas as relações do filme. De Henry com sua mãe (que morre logo no começo do filme). Dele com os amigos, com o pai e, claro, com Clare. O filme não fica naquele dramalhão mexicano chato de "ah, meu deus, é o fim, ele viaja no tempo"! As pessoas tentam aceitar e conviver com esse inevitável o máximo possível. É realmente bonita a cena em que ele, depois de velho, reencontra sua mãe. Há também uma certa poesia no fato de nosso protagonista não saber cantar, mas seria estragar uma das surpresas do filme se eu falasse aqui. Apenas preste atenção na cena do trem. Essa é uma história que deve ser vista além da chata casca de "um amor que transcende as barreiras do tempo" (arrrghh...). Claro que o amor de Clare é uma questão importante na história, mas não a ponto de deixá-la piegas. Mostra-se como uma relação entre duas pessoas, não necessariamente amorosa, pode ultrapassar os mais sérios problemas. E é nessa caminhada que ambos crescem. E junto com eles, crescem as relações e laços. Bem, a dica é você  aproveitar que o dia dos namorados está perto e ver esse filme junto com a patroa. Ela vai gostar.

7 comentários:

  1. Anônimo says:

    E por falar em títulos piegas, você já viu "O segredo dos seus olhos"? Cara, filmasso! Se você não assistiu, deve procurá-lo para ver. E depois eu passo pelo blog pra ler sua crítica!

    Falou, Vitão! Abraço!

  1. Eu já havia lido esse nome (titulo brasileiro) em algum lugar e nem quis ver o filme porque parecia muito normal. Dai eu cliquei pra ver sua crítica, e já me interessei mais um pouco. Depois vi o trailer e agora to louca pra ver o filme. Haha. Muito interessante a história. ;O Adorei mesmo. Não consigo esperar pra ver!

  1. grandenet says:

    Esse filme lembra um pouco Efeito Borboleta .

    http://www.grandenet.blogspot.com

  1. Anônimo says:

    O ator principal trabalhou no filme Troya ele era Heitoy filho do rei Troyano que é morto por Aquilles =] o filme parece bom mesmo

  1. Anônimo says:

    Incrivel.. ontem 05/06 deixei de assistir esse filme por achar o titulo óbvio demais, pensei que fosse drama... nem quis

  1. Anônimo says:

    o livro é perfeito...eu quase deixava de assistir pois com esse nome não sabia q era a historia do livro

  1. Anônimo says:

    Já vi esse filme. É muito bom mesmo. Recomendo.

    www.seuwebsitenainternet.com.br

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