Aqui no Brasil a série foi nomeada de "Juventude à Flor da Pele", mas como eu acho esse nome muito ridículo, simplesmente vou ignorá-lo. Skins é uma série inglesa, indicada ao BAFTA, que teve seu início em 2007 e atualmente está na sua quarta temporada (a qual parece ser a última). A série foi criada por um pai e filho (Bryan Elsley e Jamie Brittain) e causa polêmica por onde passa. Pegue aquela típica série americana sobre colegiais, coloque pessoas realmente na faixa de idade da série (não como The OC, em que os personagens de 25 anos interpretam garotos de 16...), adicione sexo, muito sexo... coloque também muitas drogas (de todo tipo) e amarre tudo com uma história sensacional, um drama muito pesado e algumas cenas realmente insanas de comédia. Embale isso com música da mais alta qualidade (que vai desde Motörhead à Bloc Party e Chemical Brothers). Isso é Skins!
A primeira e segunda temporadas (as duas melhores da séries) são conhecidas como "primeira geração" e mostram a história de 8 amigos e, impressionantemente, em 19 episódios (9 na primeira e 10 na segunda) aborda todo tipo de tema polêmico da juventude: virgindade, traição, homossexualidade, dependência de drogas... Mas se fosse só isso, Skins seria só mais uma série sobre adolescentes; o genial é que ela consegue fazer tudo isso sem cair nos clichês chatos e clássicos.
Na primeira temporada, cada episódio é centrado em um personagem, mas fazendo parte de uma história maior. É impossível não se identificar com eles, seus dramas e suas escolhas. É fato que você vai se indignar com Tony, torcer para Sid conseguir perder a virgindade, dar risada com as palhaçadas de Anwar e contemplar os trejeitos loucos da Cassie. E o melhor da série é não ter nenhum medo em ser politicamente incorreto ou contra os bons costumes. Todo momento vemos os personagens em festas insanas, fazendo sexo e se drogando sem qualquer pudor. Nada disso é tratado como uma lição de moral e esse é o grande trunfo de Skins. Se fosse qualquer outra série, (eu ouvi alguém aí dizer Malhação?) existiria todo um conjunto de episódios para a menina transar com o namorado pela primeira vez... quando um dos coleguinhas resolve usar drogas, é feito todo um dramalhão mexicano (com direito à mães se descabelando e pais indignados chutando os filhos para fora de casa). Sério, como as pessoas ainda aguentam isso? E o melhor: como, como elas gostam?!!! Aqui boa parte dos pais estão ocupados demais com seus próprios problemas para ver os problemas dos filhos. Com trocadilhos, é a realidade nua.
A terceira e quarta temporadas são um pouco mais fracas e mostram a "segunda geração". Praticamente todos os personagens são mudados e novas questões são inseridas. É boa também, mas o maior problema dela é que nós aprendemos a gostar muito dos personagens da "primeira geração" para conseguir aproveitar tanto essas outras temporadas. As partes mais empolgantes são quando são feitas referências aos personagens iniciais. Apesar de faltar um pouco de carisma dessa segunda geração, ainda assim vale a pena assistir. Seja por diversão ou pela qualidade da história, vale a pena parar para ver.
Parece que estão planejando um filme sobre a série com o encontro das duas gerações de personagens. Espero ansiosamente. Afinal, quem não quer saber o que aconteceu com eles depois do final da segunda temporada? A MTV anunciou também que vai fazer uma versão americana... considerando o puritanismo chato dos americanos, aposto todas as minhas fichas que vai ser péssima... Mas o jeito é esperar para ver.
Como todos os trailers da série foram bloqueados para incorporação, aí vai os links do YouTube de dois para quem quiser ver: Trailer 1 / Trailer 2
Parabens pelo Blog.
O post é legal. Eu vi os trailers, mto legal tbm, bem realidade de jovens.